O VOTO “ENVERGONHADO” PODE DECIDIR A ELEIÇÃO A FAVOR DE CLÉCIA CARVALHO
"Em quem você pretende votar no dia 06 de outubro de 2024 para prefeito de Nossa Senhora do Socorro. Em Carminha Paiva ou em Samuel Carvalho, pergunta o entrevistador de um Instituto de Pesquisa, ao eleitor socorrense". Quando o eleitor responde que não quer nenhum dos dois políticos, o jovem pesquisador insiste: Você já imaginou votar nesse candidato para mudar a cidade?
Essa realidade está sendo constatada por eleitores que estão sendo induzidos a escolher, obrigatoriamente, um dos pré-candidatos tradicionais, ou Carminha ou Samuel. O eleitor que quer votar em Clécia, ou votar em branco, nulo ou não sabe em quem votar, não está tendo o seu voto computado na pesquisa, denunciou um eleitor que mora no conjunto Marcos Freire II e foi alvo de uma manipulação para iludir a opinião pública.
Diante de uma eleição municipal em Nossa Senhora do Socorro polarizada entre candidatos com grande rejeição, surge uma possibilidade de um novo fator. A surpresa. As urnas podem revelar um voto que, em público, é “silenciado”, e só vai ser ouvido nas urnas. É o chamado voto “envergonhado”.
Tema muito estudado por especialistas e cientistas políticos, o fenômeno do voto “envergonhado” ocorre quando eleitores optam por esconder suas preferências durante a pré-campanha, com receio de uma suposta reação negativa das pessoas. Em Nossa Senhora do Socorro, a advogada Clécia Carvalho,pré-candidata do PL, que tem ampliado o número de admiradores e triplicado o número de seguidores nas suas redes sociais, pode se beneficiar desse fenômeno.
Os eleitores de Socorro, cansados com o abandono do município e o fracasso das últimas 4 gestões (2 com Fábio Henrique e 2 com padre Inaldo) podem virar a chave e escolher uma candidata outsider que esteja disposta a romper com o establishment. Clécia Carvalho é a única opção para satisfazer o eleitorado que quer “vingança” da atual gestão e deixar de fora o candidato apoiado pelo ex-prefeito Fábio Henrique, o pastor Samuel Carvalho e rejeitar Carminha Paiva, a mulher do padre.
De acordo com o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas, o eleitor que decide pelo voto envergonhado ele silencia quando tem que falar com os outros e se posicionar dentro do grupo. Ele abdica de assumir uma postura pública, mas não necessariamente vai ficar quieto quando estiver ali só, diante da urna, podendo expressar a sua real crença”, comenta.
Por isso, um instituto de pesquisa tentou mensurar se o voto envergonhado pode ser responsável por uma subnotificação nas intenções de voto na pré-candidata à prefeita de Nossa Senhora do Socorro, Clécia Carvalho, nas pesquisas de intenção de voto. Os eleitores indecisos e os que pensam em mudar o voto querem em sua maioria renovar a política de Socorro e Clécia aparece como a melhor alternativa.
O que pode causar um grande furor nas eleições de Socorro é que pode existir uma subnotificação do voto em Clécia em segmentos de menor renda e menor escolaridade. São aqueles moradores de Socorro que dependem da Prefeitura, vivem de programa social de transferência de renda e ganham um “extra” pra votar nos candidatos do sistema. São os eleitores considerados os mais aptos à “”venda” de voto, no entanto, eles estão esperando uma oportunidade para dar uma resposta à velha política, derrotando esses candidatos no dia 06 de outubro.
Os levantamentos indicam que os eleitores de Clécia são os que mais deixam de opinar sobre a sua preferência, sobretudo por medo, da gestão e de políticos tradicionais que apoiam as pré-candidaturas de Carminha Paiva e Samuel Carvalho. Nas ruas, onde a pré-candidata do Partido Liberal percorre e conversa com os moradores, a reação é diametralmente oposta aos números das pesquisas de intenção de voto que apontam Carminha e Samuel com alto índice de votação. Muita gente quer reconstruir Socorro, sem esses dois candidatos tradicionais.
ESPIRAL DO SILÊNCIO
Ao justificarem as possíveis subnotificações de voto envergonhado os pesquisadores citam a teoria da espiral do silêncio, elaborada pela norte-americana Elisabeth Noelle-Neumann na década de 1960.
A espiral do silêncio ocorre, segundo Lavareda, quando uma pessoa discorda de uma opinião amplamente majoritária do seu grupo e, por isso, opta por ocultar suas opiniões para evitar um mal-estar em seu grupo social.
“Tem de fato a espiral do silêncio, que é essa ideia de que, se eu estou em um contexto em que o meu entorno todo tem uma posição e a minha posição é divergente, eu tendo a ficar quieto sobre aquilo, tendo a não me manifestar. E, claro, em uma situação devoto secreto na urna, pode acabar produzindo um não silenciamento”, explica Cláudio Couto.
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